Se você achou que a primeira temporada de The Last of Us já era cruel, o segundo episódio da segunda temporada chega como um soco no estômago seguido de um “surprise, motherf*!” no seu emocional. O universo pós-apocalíptico da série não é só devastador — é um professor sadomaso de lições sobre perda. E a aula de hoje? Ninguém está seguro, nem mesmo os ícones da cultura pop. Joel Miller, o paizão de todos nós, aquele que sobreviveu a pandemias, caçadores e até ao próprio Pedro Pascal em Game of Thrones, é ceifado de forma impiedosa pela Abby, uma novata que entrou de sola na história com uma vingança tão clara quanto um tiro na testa.
A cena é um misto de brutalidade e poesia macabra: Abby, que mal conhecemos (mas já odiamos com força), mostra que veio pra terminar o serviço que os Fireflies começaram. E não, ela não vai esperar você terminar de chorar o Joel pra explicar seus motivos. A mensagem é dura: esse mundo não é sobre heróis, é sobre sobreviventes com traumas não resolvidos. E se você ainda achava que a série ia poupar Ellie (ou seu coração), esqueça. A menina que encarou infectados e a perda da inocência agora encara o pior pesadelo: ver Joel, seu farol em meio ao caos, ser reduzido a um plot device sangrento.

Pra quem não jogou The Last of Us Part II, uma notícia: o arco do Joel já virou pó. A primeira temporada foi o adeus light; aqui, é o enterro sem caixão. E a série não vai fazer cerimônia pra te lembrar disso. Prepare-se para mergulhar em temas que vão de “vingança é um prato que se come frio” a “culpa é um buraco negro que engole até a esperança”. Ellie, agora protagonista absoluta, carrega nas costas não só a mochila, mas o peso de cada escolha que Joel fez por ela — e as que ela fará para honrar (ou detonar) seu legado.
E a Abby? Ah, a Abby… Ela pode ser a vilã do momento, mas a série já dá spoiler invisível: essa mulher tem mais camadas que uma cebola em prato de chef. Seu passado, seus motivos, e até seu futuro vão fazer você questionar se “certo” e “errado” são mais que conceitos fúteis num mundo onde até os fungos evoluíram pra te matar.
E agora, o que esperar? Se o episódio 2 já te deixou em frangalhos, segure o chá de camomila: os próximos capítulos prometem explorar consequências como se fossem facas afiadas e culpa como um combustível tóxico. A série não vai te dar um respiro, um abraço, ou um “tudo vai ficar bem”. Aqui, o alívio só vem quando os créditos rolam — e olhe lá.
E aí, time dos traumas pós-Joel: você topa continuar essa jornada sabendo que o pior ainda está por vir?