A Neon – distribuidora por trás de Parasita e Anora – acaba de colocar o Brasil no centro das atenções ao adquirir os direitos norte-americanos de “O Agente Secreto”, o novo filme de Kleber Mendonça Filho que está arrasando em Cannes. Com Wagner Moura no papel de um técnico em fuga durante a ditadura militar, o longa mistura suspense político, carnaval e uma crítica afiada à vigilância tecnológica – tudo isso no Recife dos anos 70, recriado com detalhes de tirar o fôlego. E o melhor: após 13 minutos de aplausos em pé na estreia, o filme é o favorito à Palma de Ouro, podendo ser a 6ª vitória consecutiva da Neon no festival!
A trama acompanha Marcelo (Moura), que volta à cidade natal durante o carnaval para reencontrar o filho, mas se vê enredado numa teia de espionagem, violência estatal e paranoia. Com um elenco estelar (Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone e até Udo Kier!), o filme é descrito como uma “obra-prima imponente” pela crítica, que elogia a direção cirúrgica de Kleber e a reconstrução histórica do período. Não à toa, a Neon – que já levou dois Oscars pra casa – planeja um lançamento nos EUA no final de 2025, mirando indicações ao Oscar e Globo de Ouro.

Kleber Mendonça Filho, que já brilhou em Cannes com Bacurau (2019), entrega seu projeto mais ambicioso: um thriller de 2h40 com cenas de ação inspiradas em De Palma, diálogos cortantes e um carnaval que serve de pano de fundo para a opressão. Sem CGI, o diretor optou por efeitos práticos e locações reais no Recife, incluindo participação de grupos de frevo. E enquanto a Neon celebra mais uma joia em seu catálogo, o Brasil ganha um trunfo para discutir memória política e ocupar espaço no cinema global.
E AÍ, BRASILEIROS? Tão prontos para ver o Recife dos anos 70 invadir Hollywood ou ainda desconfiam que a ditadura é tema “pesado” demais para o Oscar? COMENTEM!