Bong Joon-ho, o gênio por trás de Parasita, está de volta com “Mickey 17”, um filme que mistura ficção científica, humor ácido e uma crítica ferrenha à ganância. Com Robert Pattinson no papel principal, o longa é uma daquelas raridades que só um diretor como Bong conseguiria fazer em Hollywood. Mesmo antes do lançamento, o filme já gerou polêmica por seu orçamento milionário e pela discussão sobre se valeria a pena financeiramente para a Warner Bros. Mas, cá entre nós, essa conversa só reforça os temas que Bong quer criticar: a obsessão por dinheiro e a exploração do ser humano.

A história segue Mickey (Pattinson), um cara endividado que aceita ser um “Descartável” numa missão espacial. Traduzindo: ele vai ser clonado e morto repetidamente em situações de risco. E, acredite, ele morre de tudo quanto é jeito. O filme usa essa premissa pra criar situações absurdas e engraçadas, mas também pra criticar a exploração do ser humano por grandes corporações. É hilário, mas te faz pensar: “E se isso fosse real?” A missão é liderada por um político fracassado (Mark Ruffalo), que é uma clara caricatura de figuras como Donald Trump e Elon Musk, e que não hesita em sacrificar suas próprias ideologias em nome do lucro.
Bong Joon-ho manda bem na direção, misturando ficção científica com humor negro. Robert Pattinson tá incrível como Mickey, mostrando desespero, confusão e até humor. Em certo ponto, ele interpreta duas versões de Mickey ao mesmo tempo, e a atuação dele é tão boa que você consegue diferenciar cada clone. Os efeitos visuais são de cair o queixo, com um planeta lindo e assustador ao mesmo tempo, e as cenas de ação são bem feitas e cheias de tensão. No entanto, o filme peca um pouco por não explorar todo o potencial da premissa. Tem momentos que parecem corridos, e a gente fica com aquela sensação de que poderia ter sido mais. Além disso, algumas subtramas, como um motim entre os tripulantes, não são tão bem desenvolvidas quanto poderiam ser.

Se você curte ficção científica com humor negro, “Mickey 17” é pra você. O filme te faz rir, pensar e se questionar sobre o futuro. É uma crítica ácida à ganância e à exploração do ser humano, mas sem perder o tom de comédia. Agora, se você tá esperando uma trama super complexa e cheia de reviravoltas, pode se decepcionar. O filme é mais sobre as ideias do que sobre a história em si, e isso pode não agradar a todo mundo. Mas, pra ser sincero, é uma experiência única que vale a pena ser vivida.
O filme não é perfeito, mas é uma experiência única que mistura humor, crítica social e ficção científica de um jeito que só Bong Joon-ho conseguiria fazer. Curiosidade: o planeta onde a história se passa foi inspirado em paisagens reais da Islândia, e Robert Pattinson passou semanas estudando o comportamento de clones em outros filmes e séries pra preparar o papel. Além disso, o processo de clonagem de Mickey é mostrado como uma impressora defeituosa, o que adiciona uma boa dose de humor ácido ao filme.
Então, gostou da ideia? “Mickey 17” é daqueles filmes que te fazem rir e pensar. Se você tá afim de uma experiência diferente, com muita crítica social e um toque de humor negro, esse filme é pra você. E aí, já tá com vontade de ver o Robert Pattinson como um clone desesperado? Conta aqui nos comentários o que você achou da resenha e se vai correndo pro cinema assistir!