James Cameron não economiza elogios a Zoe Saldaña ao falar de Avatar: Fogo e Cinzas, terceiro capítulo da saga de Pandora. Em entrevista à revista Empire, o diretor afirmou que a atriz, recentemente premiada com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Emilia Pérez, entrega “sua melhor performance até agora” como Neytiri. “Nós sempre soubemos que ela é uma atriz de elite, mas aqui ela vai muito além do que já vimos”, destacou Cameron, reforçando que o filme, que estreia em 19 de dezembro de 2025, será um marco na carreira da estrela.
O longa mergulhará em um novo ecossistema de Pandora: o território vulcânico do Povo das Cinzas, uma tribo Na’vi agressiva e estrategista, liderada por Varang, interpretada por Oona Chaplin (Game of Thrones). Enquanto O Caminho da Água (2022) explorou os oceanos, este capimento trará paisagens de lava, florestas incandescentes e conflitos intensos, ampliando a mitologia do planeta.
A narrativa também terá uma mudança significativa: Lo’ak (Britain Dalton), filho de Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri, assumirá o papel de narrador, refletindo a transição geracional na família Sully. A escolha sinaliza que a saga deixará Jake como protagonista absoluto, focando no legado de suas escolhas e no amadurecimento dos filhos em um Pandora cada vez mais ameaçado pelos humanos.

O anúncio vem após o sucesso estrondoso de Avatar: O Caminho da Água, que arrecadou US$ 2,3 bilhões globalmente e consolidou a franquia como a mais lucrativa da história do cinema, à frente de Vingadores: Ultimato. A Disney já planeja um hiato de quatro anos entre Fogo e Cinzas e Avatar 4 (previsto para 2029), seguido por Avatar 5 em 2031 – completando uma saga de 22 anos desde o primeiro filme (2009).
Para Cameron, a evolução de Neytiri é central no terceiro filme: “Ela não é mais a guerreira impulsiva de antes. Agora, como mãe e líder, sua jornada é sobre proteção, sacrifício e reconciliação com um mundo em transformação”. A tensão entre o Povo das Cinzas e os Metkayina (tribo marinha de Caminho da Água) promete cenas épicas, com batalhas que aproveitarão a tecnologia 3D e performance capture em ambientes extremos.

Com Saldaña no auge artístico e Pandora mais complexa que nunca, a aposta da Disney é clara: transformar a saga em um legado intergeracional, unindo fãs fiéis e novas plateias. E se Cameron mantiver o ritmo, até 2031, Pandora ainda terá muitas histórias para incendiar o imaginário do público.